“O inverno nunca falha em se tornar primavera”.
Esta frase de Nitiren Daishonin ilustra bem a presença do ritmo nos fenômenos do Universo. A vida humana também é marcada de ritmos, de uma variedade deles.
Todos os fenômenos da natureza compõem-se de uma infinidade de ritmos.
Por ritmo, entende-se todo movimento ou ruído que se repete a intervalos regulares.
É só observar ao redor para descobri-los. O ritmo está, por exemplo, no caminhar das pessoas pelas ruas, na chuva que cai, no vaivém das ondas. Se fechar os olhos e prestar atenção a si próprio neste exato instante, perceberá uma diversidade de ritmos também: o pulsar do coração, a respiração, o fluir do sangue pelo corpo, o piscar dos olhos e muitos outros.
A vida diária das pessoas também possui um ritmo.
O ritmo também é um dos elementos básicos da poesia, da música e de outras formas de expressão da arte.
Como se pode observar, o ritmo integra tudo o que existe no grande Universo. Faz-se presente na natureza, em todas as formas de vida e em suas funções orgânicas. Ele é o impulso ou o estímulo que caracteriza a vida.
Na saúde também, há vários problemas que poderiam ser evitados se o ritmo correto ou natural da vida fosse respeitado.
Quando ocorrem alterações no ritmo, há perda de equilíbrio orgânico e aumentam as possibilidades de estresse e de doenças.
Ao contrário, quando as pessoas recuperam o ritmo da vida, conseguem realizar em duas horas o que antes levavam quatro.
Será impressão ou o tempo está passando mais depressa?
“Como o tempo voa!”, “Parece que foi ontem!”, as pessoas exclamam admiradas e, ao mesmo tempo, preocupadas ao verem que não conseguiram cumprir seus compromissos.
Essa sensação de que o tempo está passando mais rápido deixa as pessoas ainda mais ansiosas.
Na realidade, há uma aceleração da expansão do Universo e, conseqüentemente, do tempo. No entanto, isso ocorre em escalas que não podem ser sentidas pelos seres humanos.
A impressão de que o tempo está acelerando é mais uma conseqüência da percepção, da rotina em que as pessoas vivem. A sensação do tempo depende das experiências vivenciadas. A mente humana sente o tempo passar pelos movimentos percebidos ou da rotina e isso é registrado no cérebro. Ou seja, quanto mais habituais forem as ações ou os movimentos, mais rápido o tempo parecerá passar.
Quanto mais as pessoas avançam na idade, mais são as experiências vividas e mais rápido os anos parecerão passar.
O tempo é o mesmo para todos. Um dia tem igualmente 24 horas. No entanto, são as pessoas que fazem o ritmo de sua vida diária.
No ritmo da Lei...
Nitiren Daishonin declara que ao recitar o Nam-myoho-rengue-kyo, é possível revelar a própria natureza de Buda, pois, assim como as ondas de rádio, que são imperceptíveis aos olhos, mas que cruzam o mundo e se tornam audíveis na medida em que o receptor sintoniza a freqüência das ondas, o Nam-myoho-rengue-kyo possibilita que a vida da pessoa passe a vibrar na mesma freqüência harmoniosa do Universo.
Para estar em ritmo com o Universo, é fundamental recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.
Nesta simples, porém, poderosa palavra, está contida toda a Lei que rege o Universo. Ao recitá-la, é como se pessoa estabelecesse um diálogo com o Universo e, assim, manifestasse a sabedoria para entrar em sintonia e colocar sua vida na mesma órbita.
É primordial estabelecer um ritmo de avanço na vida para que não haja arrependimentos futuros.
Mas, para isso, é preciso sair da zona de conforto e, então, dar um novo impulso na vida todos os dias, não se permitindo cair na rotina e tendo sabedoria para conduzir a vida num ritmo de alegria rumo à verdadeira realização.
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