sexta-feira, 30 de julho de 2010

Diapasão


Diapasão é um instrumento metálico em forma de forquilha, que serve para afinar instrumentos e vozes através da vibração de um som musical de determinada altura.

Em geral, é necessário encostar a outra extremidade do diapasão na caixa de ressonância do instrumento para amplificar seu som e permitir que seja ouvido à distância. O mesmo efeito pode ser conseguido se a extremidade do diapasão for encostada na caixa craniana próximo à orelha.
(Wikipédia)

“Também poderíamos usar a imagem de um diapasão para descrever esse fenômeno. Se os senhores tivessem dois diapasões do mesmo comprimento de onda e fizerem vibrar um deles, o outro, mesmo que estivesse a uma certa distância, também começaria a vibrar espontaneamente.

“Continuando com essa analogia, quando o diapasão de nossa vida começa a vibrar com benevolência, então, mesmo que a princípio sejamos os únicos, outro diapasão começará a vibrar com a mesma benevolência. E embora no começo apenas dois ou três entrem no ritmo, outros com certeza seguirão.
A benevolência possui certo ‘comprimento de onda’; mas alguém tem de ser o primeiro a fazer vibrá-la.
Entretanto, um diapasão não vibrará se for deixado sozinho num canto; para produzir som, deve-se colocá-lo de pé. O mesmo é verdadeiro com relação à nossa vida.

“No capítulo ‘Surgimento da Torre de Tesouro’, o encontro dos budas das dez direções é como vários diapasões começando a soar em uníssono como resposta às reverberações do diapasão do espírito de Sakyamuni para ‘assegurar que a Lei perdure’ (The Lotus Sutra, cap. 11, pág. 177).
Isso ilustra perfeitamente o princípio da ressonância benevolente.

(BS, edição nº 1.424, 2 de agosto de 1997, pág. 3.)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

O ritmo faz parte da vida

O ritmo faz parte do nosso corpo a começar pelo batimento constante do nosso coração. Em função dessa característica orgânica, quando as notas musicais se organizam no tempo, formando um agrupamento de durações que se repetem, ocorre um verdadeiro fenômeno em nossa resposta corporal: sentimos vontade de dançar.
É lógico que uma organização rítmica pode ser estimulante ou não, e isso vai depender de quem está produzindo esses sons.

O ritmo é um fator essencial para que a dança se desenvolva, pois ela não existe sem ele, embora se possa dançar sem música, deixando um vazio no ar.

Dançar fora do ritmo é visualmente ruim e causa uma sensação de estranhamento para quem observa e isso pode ser melhorado aguçando a percepção musical auditiva. Para entrar no ritmo da dança, é necessário, entre outras coisas, aprender a ouvir e a perceber.

O ritmo faz parte da vida e estará fora do contexto quem não buscar sintonia.

Os cientistas vêm aos poucos desvendando e elaborando explicações científicas mediante equações matemáticas que podem ser utilizadas em qualquer parte do planeta. Exatamente por esses fenômenos existentes em nosso Universo terem comportamentos muito bem definidos que podemos dizer que há um ritmo em nosso mundo, não somente no mundo invisível como também neste imenso mundo cósmico que funciona de forma perfeitamente fantástica e harmônica.

“Enquanto recitamos com ressonância o Nam-myoho-rengue-kyo, o ritmo fundamental do Universo, trabalhamos, falamos e agimos em prol do desenvolvimento da sociedade, da paz mundial e da felicidade da humanidade. Não existe uma vida mais nobre do que essa. É por isso que pessoas de consciência do mundo inteiro estão buscando o budismo, a suprema Lei que permeia a vida e o Universo.”
(BS, edição nº 1.638, 2 de fevereiro de 2002, pág. A3.)

Pesquisa TC460

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Ritmo do Universo

“O inverno nunca falha em se tornar primavera”.
Esta frase de Nitiren Daishonin ilustra bem a presença do ritmo nos fenômenos do Universo. A vida humana também é marcada de ritmos, de uma variedade deles.

Todos os fenômenos da natureza compõem-se de uma infinidade de ritmos.
Por ritmo, entende-se todo movimento ou ruído que se repete a intervalos regulares.
É só observar ao redor para descobri-los. O ritmo está, por exemplo, no caminhar das pessoas pelas ruas, na chuva que cai, no vaivém das ondas. Se fechar os olhos e prestar atenção a si próprio neste exato instante, perceberá uma diversidade de ritmos também: o pulsar do coração, a respiração, o fluir do sangue pelo corpo, o piscar dos olhos e muitos outros.

A vida diária das pessoas também possui um ritmo.

O ritmo também é um dos elementos básicos da poesia, da música e de outras formas de expressão da arte.
Como se pode observar, o ritmo integra tudo o que existe no grande Universo. Faz-se presente na natureza, em todas as formas de vida e em suas funções orgânicas. Ele é o impulso ou o estímulo que caracteriza a vida.

Na saúde também, há vários problemas que poderiam ser evitados se o ritmo correto ou natural da vida fosse respeitado.

Quando ocorrem alterações no ritmo, há perda de equilíbrio orgânico e aumentam as possibilidades de estresse e de doenças.
Ao contrário, quando as pessoas recuperam o ritmo da vida, conseguem realizar em duas horas o que antes levavam quatro.

Será impressão ou o tempo está passando mais depressa?

“Como o tempo voa!”, “Parece que foi ontem!”, as pessoas exclamam admiradas e, ao mesmo tempo, preocupadas ao verem que não conseguiram cumprir seus compromissos.
Essa sensação de que o tempo está passando mais rápido deixa as pessoas ainda mais ansiosas.

Na realidade, há uma aceleração da expansão do Universo e, conseqüentemente, do tempo. No entanto, isso ocorre em escalas que não podem ser sentidas pelos seres humanos.
A impressão de que o tempo está acelerando é mais uma conseqüência da percepção, da rotina em que as pessoas vivem. A sensação do tempo depende das experiências vivenciadas. A mente humana sente o tempo passar pelos movimentos percebidos ou da rotina e isso é registrado no cérebro. Ou seja, quanto mais habituais forem as ações ou os movimentos, mais rápido o tempo parecerá passar.

Quanto mais as pessoas avançam na idade, mais são as experiências vividas e mais rápido os anos parecerão passar.
O tempo é o mesmo para todos. Um dia tem igualmente 24 horas. No entanto, são as pessoas que fazem o ritmo de sua vida diária.

No ritmo da Lei...

Nitiren Daishonin declara que ao recitar o Nam-myoho-rengue-kyo, é possível revelar a própria natureza de Buda, pois, assim como as ondas de rádio, que são imperceptíveis aos olhos, mas que cruzam o mundo e se tornam audíveis na medida em que o receptor sintoniza a freqüência das ondas, o Nam-myoho-rengue-kyo possibilita que a vida da pessoa passe a vibrar na mesma freqüência harmoniosa do Universo.

Para estar em ritmo com o Universo, é fundamental recitar o Nam-myoho-rengue-kyo.
Nesta simples, porém, poderosa palavra, está contida toda a Lei que rege o Universo. Ao recitá-la, é como se pessoa estabelecesse um diálogo com o Universo e, assim, manifestasse a sabedoria para entrar em sintonia e colocar sua vida na mesma órbita.

É primordial estabelecer um ritmo de avanço na vida para que não haja arrependimentos futuros.
Mas, para isso, é preciso sair da zona de conforto e, então, dar um novo impulso na vida todos os dias, não se permitindo cair na rotina e tendo sabedoria para conduzir a vida num ritmo de alegria rumo à verdadeira realização.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os dez estados de vida

Segundo os ensinamentos budistas, todas as pessoas possuem dez estados de vida.
De acordo com o estado de vida em que elas se encontram, conseguem influenciar o ambiente ou são influenciadas por ele. Elevar seu estado de vida é o objetivo primordial do budismo, para que manifestem a sabedoria de conduzir tudo ao seu redor de maneira correta e segura.

Estado de Inferno (Jigoku): Constitui-se de muito sofrimento, caracterizado pelo impulso de destruir a si próprio assim como todos e tudo que estiver em seu caminho.

Estado de Fome (Gaki): Nessa condição, a pessoa é governada pelos desejos insaciáveis, incluindo não só desejos materiais como também o desejo de obter a fama. Sofrem muito, pois nunca estão satisfeitas.

Estado de Animalidade (Tikusho): Nesse estado, a pessoa é escrava dos desejos do instinto e perde o sentido da razão. O critério das ações do estado de animalidade é a luta pela sobrevivência, a lei da selva.
As pessoas deste estado tomam vantagem dos fracos e adulam os mais fortes.

Estado de Ira (Shura): a pessoa é dominada pelo egoísmo, desprezando os outros e exaltando a si próprio. Apega-se fortemente à ideia de sua superioridade e não suporta ser inferior a ninguém em nada. Enquanto as pessoas nos três estados anteriores não têm controle sobre a vida, pois estão completamente dominadas pelos desejos, a pessoa em estado de Ira já possui o controle sobre a própria vida, é como um falcão procurando pela presa. Ele poderá “mostrar” externamente benevolência, retidão, justiça e ter inclusive um rudimentar senso de moral, porém, o seu coração permanece no estado de Ira.

Estado de Tranquilidade ou Humanidade (Nin): Neste estado a pessoa possui senso de moral, pode expressar seu julgamento justo, pensar racionalmente, controlar seus desejos instintivos por meio da razão e portar-se de modo humano, no entanto, podem cair facilmente nos quatro maus caminhos por qualquer circunstância adversa da vida.

Estado de Alegria (Ten): o estado de Alegria existe no mundo do êxtase. Existem vários tipos de alegrias, por exemplo, aquelas em que as pessoas sentem quando suas vontades imediatas são satisfeitas. Existem aquelas que incluem sensação de bem-estar, saúde e energia, e também aquela alegria que decorre de satisfação e contentamento espiritual. Todas as alegrias citadas acima são transitórias e desaparecem com o passar do tempo, pois são governadas pelas influências externas.

Estado de Erudição (Shomom): a condição de vida em que a pessoa busca o contentamento e a estabilidade por meio da auto-reforma e do desenvolvimento próprio. Busca conhecimentos e experiência de seus predecessores.

Estado de Absorção (Engaku): Significa o despertar por si próprio. A pessoa nesse estado compreende algumas verdades, independentemente dos ensinos budistas, e as usa principalmente para beneficio próprio.

Estado de Bodhisattva (Bosatsu): Bodhi significa sabedoria do Buda, e sattva, seres sensíveis. Ou seja, seres sensíveis com sabedoria de Buda. O estado de Bodhisattva é caracterizado pelas ações altruísticas.

Estado de Buda (Butsu): É a condição de liberdade perfeita e absoluta, o supremo estado em que se compreende o Caminho do Meio. É a condição de felicidade absoluta que nada pode corromper. O Buda compreende a lei da causalidade permeando o passado, o presente e o futuro e a eternidade da vida agindo espontaneamente para o bem dos seus semelhantes.

Da mesma forma que nenhum estado de vida é estático, o estado de Buda é experimentado no decurso das contínuas atividades altruísticas diárias. Portanto, não se deve considerá-lo como um objetivo máximo a ser atingido somente no final da vida, mas algo a ser alcançado todos os dias.

terça-feira, 6 de julho de 2010

As crianças são mensageiras do futuro, tesouro comum da humanidade





“Em 2009, houve uma pronunciada redução no ritmo de crescimento econômico nos países em desenvolvimento. A economia global sofreu uma contração que não se via desde a Segunda Guerra Mundial.

Seja nos países em desenvolvimento, seja nos desenvolvidos, são as crianças quem pagam o preço mais alto quando a crise bate à porta. Com a economia em recessão e os orçamentos nacional e familiar duramente afetados, aumenta o número de crianças sem acesso à boa alimentação, à saúde, obrigadas a abandonar a escola para trabalhar.

Diante dessa situação, sugiro (Pres. Ikeda) que escolas sirvam de refúgio para as crianças se protegerem das várias ameaças — como fortalezas de segurança humana — e tornem-se um local para formá-las como protagonistas de uma nova cultura de paz.

A experiência do Programa Mundial de Alimentação comprova, há mais de quatro décadas, que os programas de merenda escolar protegem a saúde e garantem o futuro das crianças. O Unicef defende o projeto Escolas Amigas da Criança e a construção de salas de aula capazes de resistir a terremotos e tempestades, para que as escolas possam servir de abrigo em tempos de crise, local onde as crianças retomem a vida normal, de coração sereno.

Vamos prepará-las porque mais tarde, serão elas quem vão iniciar ondas de mudanças, transformar e romper com os ciclos históricos de sofrimento e tragédia da humanidade.

“Assegurar que crianças desde cedo sejam protegidas e beneficiadas com educação sobre valores, atitudes e maneiras de viver, para que sejam capazes de resolver pacificamente as divergências com respeito à dignidade humana, tolerância e não discriminação”.

As crianças são mensageiras do futuro, tesouro comum da humanidade. Convencidos de que o ato de encorajar e plantar a esperança no coração das pessoas é o caminho certeiro para a paz mundial, continuaremos a lutar para edificar uma comunidade global, onde a infância tenha as prioridades.”

“... o poder do diálogo, empenhados em despertar o que há de melhor em cada indivíduo. Este é o caminho para formar uma rede mundial de pessoas verdadeiramente comprometidas com a paz mundial e com a vida da humanidade.”

Trechos extraídos da Proposta de Paz 2010 – Parte Final (Pres. da SGI – Daisaiku Ikeda)