Em geral, é necessário encostar a outra extremidade do diapasão na caixa de ressonância do instrumento para amplificar seu som e permitir que seja ouvido à distância. O mesmo efeito pode ser conseguido se a extremidade do diapasão for encostada na caixa craniana próximo à orelha.
“Também poderíamos usar a imagem de um diapasão para descrever esse fenômeno. Se os senhores tivessem dois diapasões do mesmo comprimento de onda e fizerem vibrar um deles, o outro, mesmo que estivesse a uma certa distância, também começaria a vibrar espontaneamente.
“Continuando com essa analogia, quando o diapasão de nossa vida começa a vibrar com benevolência, então, mesmo que a princípio sejamos os únicos, outro diapasão começará a vibrar com a mesma benevolência. E embora no começo apenas dois ou três entrem no ritmo, outros com certeza seguirão.
A benevolência possui certo ‘comprimento de onda’; mas alguém tem de ser o primeiro a fazer vibrá-la.
Entretanto, um diapasão não vibrará se for deixado sozinho num canto; para produzir som, deve-se colocá-lo de pé. O mesmo é verdadeiro com relação à nossa vida.
“No capítulo ‘Surgimento da Torre de Tesouro’, o encontro dos budas das dez direções é como vários diapasões começando a soar em uníssono como resposta às reverberações do diapasão do espírito de Sakyamuni para ‘assegurar que a Lei perdure’ (The Lotus Sutra, cap. 11, pág. 177).
Isso ilustra perfeitamente o princípio da ressonância benevolente.
(BS, edição nº 1.424, 2 de agosto de 1997, pág. 3.)